sexta-feira, 20 de abril de 2012

A lição dos cemitérios

Escrito por "Conde Loppeux de la Villanueva"


Certa vez passeava por um antigo cemitério da cidade e eis que me deparei com uma cena curiosa: um túmulo de um natimorto. Aquela criança surgiu no ventre da mãe, durante nove meses, apenas para nascer morta. Porém, a dignidade daquele ser permaneceu intacta. Por mais que não houvesse um nome específico, por mais que não houvesse em si uma identidade, a criança tinha um túmulo. Talvez o nome dela tenha ficado apenas na cabeça e nos sonhos frustrados dos pais. Mas ter um túmulo é melhor do que ser jogado no ralo. A sua existência efêmera foi sentida pela família. Ou melhor, faz parte agora do túmulo da família. O nascituro, ao menos, tinha um sobrenome. Era uma morte que fazia mais de um século.

 Nesta época, as crianças que morriam, no imaginário da população, eram consideradas “anjinhos”, tais como aquelas figuras barrocas com asinhas no céu. E as perdas infantis eram muitas. A morte era um lugar-comum na vida das pessoas de priscas eras. Neste aspecto, os cemitérios têm muitas histórias de mortes para contar. A morte será comum a todos. Todos serão pó e tão apenas pó. No entanto, cada morte será sentida diferentemente. E o túmulo do nascituro demonstrou o quanto fez falta aquele ser que nem sequer chegou a viver. Hoje, a morte de alguma criança ou mesmo de um jovem nos parece, felizmente, bem mais rara. A vida melhorou qualitativamente a ponto de possuirmos uma geração bem mais saudável. A juventude está imune a muitas doenças. E vive-se mais.

 Todavia, há uma campanha mundial pela descriminalização do aborto, pela desumanização do nascituro. Este, mesmo o saudável, não terá mais um direito à vida e a um túmulo, e sim à lata do lixo hospitalar. As justificativas são as mais espúrias. Apela-se à propriedade da mãe sobre o corpo. Ou que os fetos não seriam desejáveis. Ou que seriam defeituosos. Ou que até seriam pobres demais. Na prática, porém, os túmulos não serão mais nos cemitérios. Os próprios ventres femininos serão os túmulos, e a clínicas de aborto, abatedouros. 

 Se não bastasse a matança dos pequeninhos inocentes, cujo direito de nascer será recusado, os arautos da morte querem ampliar sua sanha aos doentes e aleijados de todas as idades. A eutanásia é a bandeira de “caridade” aos fracos. A inversão de valores não seria mais óbvia. Ajudar aos necessitados é expressão de “sadismo” cristão para com o sofrimento humano. Como uma espécie de catarismo, de revolta gnóstica contra a realidade, matar o corpo libera a alma do sacrifício da vida. Morrer tornou-se um “direito”, um culto, uma idolatria, um objeto de veneração dó ódio pela vida. Ou mais, as pessoas devem se adaptar a um projeto idealizado de perfeição física e mental, sob pena de serem eliminadas. 

 Houve pessoas que comemoraram, vergonhosamente, a decisão do STF, pelo culto da morte. O anencéfalo, este ser imperfeito, foi proscrito e usurpado de seus direitos. Antes, estes eram resguardados. Hoje, ele pode ser exterminado, por não se adequar aos princípios da nova eugenia neonazista disfarçada de caridade para com a mãe. Por mais que houvesse evidências de que a anencefalia não significava necessariamente a morte, por mais que houvesse exemplos de menores sobreviventes, o Supremo resolveu optar absolutamente pela eliminação. Antes, as mortes naturais eram aceitas. Ninguém se propunha a controlar a vida. Agora querem controlar e causar a morte. E se antes, se chorava a ausência do morto, agora querem se livrar dos vivos. 

 Os cemitérios ensinam certa lição: cada ano de vida e de morte registrado no túmulo é um retrato mínimo de vida que se foi. Alguém ali viveu, com a força de seus ossos e carne aderidas a terra, ao fazer a diferença. Pode ter feito o mal neste mundo, mas pagará pelos seus pecados noutro mundo, se é que já não pagou neste.  Quem duvidará disso passeando pelos túmulos? Sem eles, a vida e a morte parecem não existir. Até o natimorto tem o direito de existir lá. Para ser enterrado, é porque foi lembrado por alguém e teve a dignidade de sua existência efêmera guardada. Teve um velório e um funeral. Aquele ser no cemitério me causou grande impressão. . .




segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Estas ferramentas abaixo são utilizadas por quais profissionais? Adivinhem!




Já adivinharam?

Se ainda estão na dúvida, olhem mais algumas.



 
 
 



 Pronto?
  


Se ainda não adivinhou, veja as imagens abaixo e descubra.



 


Isso! São ferramentas do ABORTEIRO.

E estas são algumas de suas obras:


  




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O HOMESCHOOLING está liberado no Brasil!



Explico. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os tratados internacionais devidamente ratificados pelo Congresso Nacional têm statussupralegal. Isso quer dizer que esses tratados são hierarquicamente inferiores à Constituição (lei positiva máxima), mas superiores às demais leis. Ora, o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), que é uma lei ordinária, diz: “Os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino” (art. 55). Mas a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), que são tratados internacionais ratificados pelo Brasil, dizem o contrário e, portanto, prevalecem: “Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos” (artigo 26.3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos); "Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções." (Artigo 12.4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos).

Ambos os textos são claríssimos. Repito: esses tratados são hierarquicamente superiores ao ECA e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Com efeito, não só o ECA e a LDB, mas qualquer outra lei que impeça o homeschooling perde a eficácia, pois os tratados mencionados têm status supralegal. Portanto, juridicamente, não há nada que proíba os pais de adotar o homeschooling para os filhos. E mais: outro direito que se depreende das aludidas normas é o de rejeitar qualquer conteúdo ministrado nas escolas regulares que seja considerado impróprio pelos pais, como o famigerado kit gay, por exemplo.

Vimos que não há qualquer óbice jurídico ao homeschooling no Brasil. Sendo assim, os pais poderiam adotar o método da educação em casa desde já, sem que para isso fosse necessária qualquer mudança legislativa. Porém, a coisa é um pouco mais complicada. O problema, quase sempre, é fazer valer esse direito dos pais. Os diplomas internacionais citados, plenamente válidos e eficazes no Brasil, são ignorados até pelos juízes, que continuam a usar o ECA para forçar a matrícula das crianças. Os empecilhos são muito mais políticos, culturais e ideológicos do que jurídicos. Mas creio que nem tudo está perdido. Cabe aos pais zelosos recorrer aos tribunais contra a tirania. Quanto mais processos houver, quanto mais o tema for ventilado na imprensa, na internet e nas esquinas, maior a chance de obter resultados favoráveis. Trata-se de uma guerra cultural a ser travada, com boas possibilidades de vitória. Afinal, não deve ser difícil compreender que a educação é assunto da família e da sociedade, não de burocratas do estado.

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¹ Henrique Cunha de Lima é  procurador do Ministério Público de Contas do Estado do Rio de Janeiro.



domingo, 13 de novembro de 2011

Pode-se eliminar um embrião? Não!


A Profa. Dra. Alice Teixeira Ferreira. demonstra estar cientificamente comprovado que a vida humana tem início desde a concepção.

Torna-se urgente empregar todos os esforços para impedir que a tragédia do aborto generalizado por lei se torne realidade.

Contra tal crime inominável, é de grande importância fazerem-se ouvir vozes autorizadas. Na área da ciência, a palavra da Profª. Dra. Alice Teixeira Ferreira é do maior peso.

Convicta anti-abortista, desenvolve ela intensa atividade em defesa da vida e contra a legalização do aborto no Brasil.

Em seu laboratório no Departamento de Biofísica na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é livre docente, a Dra. Alice, médica pesquisadora na área biomédica, recebeu gentilmente a reportagem da Revista Catolicismo, que transcrevemos abaixo.

Ela pesquisa há mais 15 anos na área de biologia celular, sobre os mecanismos de sinalização celular. A renomada pesquisadora é também coordenadora do Núcleo interdisciplinar de Bioética da UNIFESP e professora de Bioética no curso biomédico dessa Universidade.* * *

Catolicismo  Quais as razões que fundamentam sua posição contrária ao aborto?

Profª Alice Teixeira — Eu baseio minha posição contra o aborto em razões científicas e éticas.

Porque está demonstrado pela ciência que a origem do ser humano se situa no momento da concepção.

O Sr., eu, todos nós tivemos nossa origem na concepção. Esse é um fato que foi descrito pela ciência. A ciência não dá o “porquê”, ela dá o “como”.

Já em 1827 isso foi descrito por Karl Ernst von Baer. Ele observou o ovo, ou zigoto, em divisão na tuba uterina e o blastócito no útero de animais. Em duas obras descreveu os estágios correspondentes ao desenvolvimento do embrião. Por isso é chamado “pai da embriologia moderna”.

Todo livro moderno de embriologia humana traz esta descrição. Todos os textos consultados, nas suas últimas edições, afirmam que o desenvolvimento humano se inicia quando o ovócito é fertilizado pelo espermatozóide. Todos afirmam que o desenvolvimento humano é a expressão do fluxo irreversível de eventos biológicos ao longo do tempo, que só pára com a morte.

O embrião se forma a partir de uma única célula: o zigoto, que, por meio de muitas divisões celulares, forma os tecidos e órgãos do ser vivo.

Já desde o primeiro momento da concepção você tem o aparecimento de um genoma humano específico, característico de cada indivíduo, que é único, e que não se repete mais. Isso significa que todas as células de um mesmo indivíduo, seja o zigoto, as do embrião e as do homem já nascido, têm a mesma organização genética, irrepetida em todos os demais indivíduos.

Com base nessas evidências experimentais, o papa Pio IX aceitou, em 1869, a concepção como a origem do ser humano. E, do ponto de vista da ética, nós temos que respeitar a dignidade do ser humano que está presente ali, na concepção.

Então, por estas razões, eu sou contra o aborto. Porque no aborto, seja com a “pílula do dia seguinte”, seja com curetagem ou aspiração, se está eliminando um ser humano.

Se o embrião humano é um ser humano, uma pessoa humana, eu não posso matá-lo, destruí-lo, nem mesmo para utilizar as suas células em pesquisas. O argumento que usam alguns, de que são embriões não viáveis, é falso. Se não fossem viáveis, estariam em processo de morte, e não se faz pesquisa com células em processo de morte.

Catolicismo  A Sra. considera que existe uma indústria do aborto no mundo?

Profª Alice Teixeira — Existe. O Dr. Bernard Nathanson, por exemplo, que foi um dos principais líderes que promoveram o aborto nos EUA (reconheceu ter praticado ele mesmo 5.000 abortos na década de setenta), informa que se paga 300 dólares por um aborto nos EUA.

O Dr. Jorge Andalaft Neto, médico do Hospital do Jabaquara — único hospital onde se pratica oficialmente o aborto — diz que no Brasil um aborto custa entre mil e dois mil reais.

Também a deputada Jandira Feghali afirma que temos no Brasil “milhões” de abortos clandestinos. Esse dado é muito difícil de se confirmar, porque se trata de abortos clandestinos, que não são declarados. Como pode ela afirmar esses números? Quais as fontes de tais dados?

Catolicismo  A Sra. acha plausíveis os números divulgados que indicam algo em torno de 45 milhões de abortos por ano no mundo inteiro, sem contar países como a China, onde o número é provavelmente ainda maior?

Profª Alice Teixeira — Pode ser. Na China existe uma indústria de cérebros de fetos. É o que acontece quando se perde o conceito de vida humana.

Catolicismo  Qual a lógica que está por detrás da insistência em pesquisas com CTEH (células embrionárias), que supõem a morte do embrião, em vez de se utilizar na pesquisa CTAH (adultas)?

Profª Alice Teixeira — Dinheiro… O próprio James Watson — descobridor da composição do ADN, que lhe valeu o Prêmio Nobel — se opôs ao Projeto do Genoma Humano. Mas, como foram investidos no projeto cinco bilhões de dólares, ele acabou aceitando ser o diretor e coordenador do projeto no NIH (National Institute of Health, dos EUA).

Catolicismo  Existe uma ideologia escondida nesses intentos?

Profª Alice Teixeira — J.Watson era partidário da eugenia (“higiene racial”). Afirmava que com o genoma ele chegaria a distinguir quem era mais inteligente, saudável, etc., e que seria possível fazer uma seleção a fim de determinar quem teria o direito de viver, e quem não…