terça-feira, 11 de outubro de 2011

Por que ficamos surpresos com a promoção de “direitos à pedofilia”?

Escrito por Dr. Michael L. Brown


Muitos americanos estão chocados com as reportagens sobre uma recente conferência pró-pedofilia na cidade de Baltimore em que psiquiatras e profissionais de saúde mental, representando instituições como Harvard e Johns Hopkins, buscaram apresentar a pedofilia com uma exposição simpatizante e até favorável. Mas por que isso deveria nos surpreender?

Os artigos acadêmicos em revistas eruditas estão apresentando a pedofilia de um modo solidário há anos e, conforme observou Matthew Cullinan Hoffman, a Associação Americana de Psicologia (AAP) divulgou um relatório em 1998 “afirmando que o ‘potencial negativo’ de sexo adulto com crianças estava sendo ‘exagerado’ e que ‘a vasta maioria dos homens e mulheres não relatou nenhum efeito sexual negativo de suas experiências de abuso sexual na infância’. O relatório chegou a afirmar que grandes números das vítimas relataram que suas experiências eram ‘positivas’, e sugeriram que a frase ‘abuso sexual de crianças’ fosse substituída por ‘sexo entre adultos e crianças’”. Outros inventaram o mais repugnante dos termos: “intimidade intergeracional”.

O relatório da AAP foi tão perturbante que atraiu uma repreensão oficial do Congresso, mas a promoção pró-pedofilia (ou, pró-pederastia) continua. Aliás, alguns líderes psiquiátricos, como o Dr. Richard Green, que colaborou de forma fundamental para remover a homossexualidade da lista de desordens mentais da AAP em 1973, têm estado lutando para remover também a pedofilia.

Considere, por exemplo, esta declaração do falecido professor da Universidade de Johns Hopkins, John Money: “A pedofilia e a efebofilia [referindo-se à atração sexual que um adulto sente por um adolescente] não são questão de escolha voluntária, pois são como ser canhoto ou sofrer de daltonismo. Não se conhece nenhum método de tratamento com que [a pedofilia e a efebofilia] possam ser com eficácia e permanentemente alteradas, suprimidas ou substituídas. Castigos são inúteis. Não há nenhuma hipótese satisfatória, evolucionária ou de outro tipo, quanto aos motivos por que existem no sistema geral de coisas da natureza. Precisamos simplesmente aceitar o fato de que elas existem, e então, com esclarecimento de excelente qualidade, formular uma política do que fazer acerca delas”.

Agora, vote e releia o parágrafo, substituindo a palavra “homossexualidade” por “pedofilia” e “efebofilia”. Não é interessante?

Para ajudar a desnudar mais a realidade disso, vamos imaginar um homem homossexual argumentando com um homem heterossexual:

1) Minha homossexualidade não é uma preferência sexual, mas uma orientação sexual, exatamente na mesma medida que sua heterossexualidade não é uma preferência sexual, mas uma orientação sexual.

2) Minha homossexualidade é tão normal quanto sua heterossexualidade.

3) Já que minha conduta é geneticamente determinada e não uma escolha, é intolerante e abominável sugerir que é errada. E chamar minha conduta sexual de ilegal ou imoral, ou recusar legitimar relacionamentos de mesmo sexo, é ser um moralista fanático da pior espécie.

4) Fico profundamente ofendido com suas tentativas de identificar áreas da minha criação e ambiente como causas alegadas para a minha homossexualidade.

5) Categoricamente rejeito o mito de que alguém pode mudar sua própria orientação sexual. De modo particular, tais declarações só aumentam a angústia e sofrimento de gays e lésbicas, e tentativas de nos mudar muitas vezes levam a consequências catastróficas, inclusive depressão e suicídio.

Agora, vamos mudar este exemplo e colocar um pederasta para argumentar seu caso com um homossexual, substituindo as palavras de acordo com essa situação (assim, “A pederastia não é uma preferência sexual, mas uma orientação sexual, exatamente na medida que sua homossexualidade não é uma preferência sexual, mas uma orientação sexual”).

De fato, todos os principais argumentos comumente usados para normalizar a homossexualidade estão sendo usados para normalizar a pedofilia e a pederastia, conforme documentei com muito detalhe (e sofrimento) em A Queer Thing Happened to America (Ocorreu uma Coisa Gays contra os Estados Unidos), onde também deixei claro que eu não estava igualando a homossexualidade com a pedofilia, mas em vez disso comparando os argumentos usados para normalizar ambos.

Eis os oito principais argumentos, todos dos quais (em forma modificada) são comumente usados no apoio à homossexualidade:

1) A pedofilia é inata e imutável.

2) A pederastia é abundantemente confirmada em muitas diferentes culturas em toda a história.

3) A afirmação de que os relacionamentos sexuais entre adultos e crianças podem causar danos é muito exagerada e muitas vezes completamente inexata.

4) O sexo consensual entre adultos e crianças pode realmente ser benéfico para a criança.

5) A pederastia não deveria ser classificada como desordem mental, já que não causa angústia para o pederasta ter esses desejos e já que o pederasta pode viver normalmente como um cidadão que contribui para a sociedade.

6) Muitas dos mais famosos homossexuais do passado eram realmente pedófilos.

7) As pessoas são contra a intimidade intergeracional por causa de padrões sociais antiquados e fobias sexuais puritanas.

8) Tem a ver somente com amor, igualdade e liberação.

Mas nenhum desses argumentos deveria nos surpreender. Afinal, a era da crescente anarquia sexual em que vivemos é fruto da revolução sexual da década de 1960, e as sementes da anarquia sexual já foram semeadas por Alfred Kinsey no final da década de 1940, conforme a Prof.ª Judith Reisman tem incansavelmente documentado. E foi Kinsey, afinal de contas, que contou com a pesquisa de pedófilos para documentar as reações sexuais de bebês e crianças.

Com certeza, tudo isso é totalmente horrível. Mas não deveria certamente ser surpresa. Aliás, devemos esperar isso e mais.



Nenhum comentário:

Postar um comentário